quarta-feira, 19 de maio de 2010

lesao de ligamento cruzado anterior


Os praticantes de futebol, esqui, basquete, vôlei e demais esportes que exigem mudanças bruscas de direção e movimentos de rotação conhecem bem este tipo de lesão. O ligamento cruzado anterior (LCA), é uma estrutura do joelho que une a tíbia e o fêmur internamente, possui 38mm de comprimento e 11mm de largura, mas apesar do tamanho, possui uma grande função estabilizadora do joelho. Seu rompimento que pode ser parcial ou total atinge principalmente os homens com idade entre 20 e 30 anos e normalmente é sem contato direto, ou seja, o mecanismo de lesão é o gesto desportivo exacerbado ou inadequado que causará e lesão.


Jogadores de futebol profissional com Vampeta e Nilmar ilustram bem o fato da lesão não apresentar contato direto com o adversário. Como forma de diagnóstico clínico da ruptura do LCA, temos diversos testes especiais que o Médico pode realizar para concretizar a lesão. Todos os testes (Gaveta, Lachman e Pivô Shift), associados às alterações funcionais como perda de movimento, inchaço, dor e marcha alterada serve para definir a lesão além do exame por imagem.


Como tratamento,existem duas maneiras de acompanharmos uma lesão de LCA. O tratamento conservador também pode ser realizado pela Fisioterapia, mas não se aconselha estes atletas a praticar novamente seu esporte de impacto, pois outras estruturas como meniscos, cartilagens, ligamento colateral medial... podem danificar-se com a prática. O tratamento cirúrgico, o mais empregado e com resultados pós-operatórios satisfatórios significam um tempo de reabilitação de +/- 6 a 7 meses para o retorno ao esporte competitivo profissional. Você pode se perguntar: não posso voltar antes deste prazo? Funcionalmente (movimento, força, agilidade...) podem já estar recuperados em 4 meses, mas histologicamente, ou seja, as células proliferadas para uma boa cicatrização e estabilidade do novo ligamento enxerto de tendões (patelar ou posterior da coxa), que farão esta nova função ainda não poderão ter acontecido por completo, portanto, não vale à pena arriscar.


A Fisioterapia neste período terá vários objetivos, entre eles: aceleração da cicatrização, diminuição da inflamação pós-operatória, ganho de movimento de extensão e principalmente flexão, técnicas manuais, ganho de força muscular, propriocepção (equilíbrio) e simulações do gesto desportivo. A Eletromiografia de Superfície, Baropodometria Eletrônica, Avaliação de Força Isocinética são elementos utilizados para o controle da evolução do tratamento e que facilitam a liberação para o esporte.
Também não vá pensando que a cirurgia é milagrosa. Existem casos de recidivas de rupturas mesmo com o tratamento cirúrgico. Respeite os prazos de reabilitação. Conheça algumas complicações que podem atrapalhar sua recuperação. Siga os conselhos dos Fisioterapeutas fazendo sua parte. Controle os ângulos de movimento na musculação e capriche na Propriocepção (equilíbrio, coordenação, força, dinamismo...), assim você retornará ao seu esporte melhor do que antes da lesão!

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